Pelas ruas de Aracaju, andava bem ligeiro, um homem bom. Era Padre e vestia uma inconfundível batina preta. Era Padre Pedro, um exemplo de amor ao próximo. Quem o conheceu sabe bem o que estou falando.
Pedro Alves de Oliveira, Padre Pedro, nasceu na cidade de Riachão do Dantas no dia 03 de julho de 1904. Foram dez irmãos, mas só cinco vingaram. Dentre eles o Pintor J. Inácio.
Chegou a morar nas cidades de Estância e São Cristóvão ainda pequeno. De uma família Católica, rezava todos os dias com a sua mãe, que era devota de Nossa Senhora. Quando mudou para Aracaju, morando na rua Capela, chegou a ser Sacristão da Catedral onde tocava o sino e ajudava na Missa. Nesta época, o responsável pela Catedral era o Cônego Sarapião Machado, que foi uma figura importante para a entrada de Pedro rumo ao Seminário. A Mãe de Pedro tinha um sonho de ver um filho se tornar Padre. Já no Seminário, sendo um bom aluno, passou a ensinar Português, Francês e Latim no próprio Seminário. No dia 8 de dezembro de 1928, dia de Nossa Senhora da Conceição, Padroeira de Aracaju, Pedro Alves de Oliveira foi ordenado Padre.
Também foi Professor, lecionando na Escola Normal, no Colégio Tobias Barreto, no Atheneu e no Seminário.
As suas missas eram rápidas, com sermões curtos. Assisti muitas na Igreja Nossa Senhora do Rosário. Lembro-me que, antes do início da Missa, havia a confissão com o Padre Pedro. Antes de confessar ele fazia algumas perguntas sobre religião.
Infelizmente Padre Pedro não está mais entre nós, mas com certeza ele foi e sempre será um exemplo para todos.
Autor do texto: José de Oliveira B. Filho.
Padre Pedro.
Jornal Gazeta de Sergipe nr. 8.692 - 31.10.1987.
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